É um livro de ficção cientifica que não se parece muito com ficção científica – pois, trata-se de um surpreendente triângulo amoroso de dois corpos.
O mais interessante da obra é a forma como escritora explora o amor de ângulos completamente diferentes. O amor pela comunidade, pelo próprio ‘eu’, pela família – o amor romântico e o amor platônico.
Eu pensei bastante antes de decidir se faria ou não uma resenha para este livro de ficção cientifica/romance e cheguei à feliz conclusão de que, não faria sentido algum fazer resenhas se fosse deixar de falar sobre o livro que abriu os meus olhos para este mundo magnifico que é a literatura.
Pois bem, voltemos ao foco inicial. A hospedeira é um livro da nossa muitíssima querida Stephenie Meyer, também escritora da saga crepúsculo.
Nosso planeta foi dominado por um inimigo. Os humanos se tornaram hospedeiros dos invasores: suas mentes são extraídas, enquanto seus corpos permanecem intactos e prosseguem suas vidas aparentemente sem alteração. A maior parte da humanidade sucumbiu a tal processo.
“Passei muito tempo observando sua espécie. Sempre esperando vocês mudarem, sabem como é, quando não agissem mais como nós, por não haver mais ninguém para quem representar. Continuava observando e esperando, mas vocês apenas pareciam agindo como humanos[…] Eu me perguntei se vocês não estariam se tornando meio humanos. Se não temos alguma influência, afinal.”
Tudo começa, quando Melanie Stryder – uma resistente “selvagem”, é capturada pelos Buscadores e inserem uma alma em seu corpo. Passando então, a dividir o seu próprio corpo com outro ser estranho e desconhecido. (Uma espécie alienígena).
Quando Peregrina – a alma dentro do corpo da Mel, acorda em sua nova ‘casa’, ela se depara com Melanie ali dentro, resistindo. Recusando-se a morrer. Lutando contra ela, para ter controle sobre a mente de seu corpo.
Disposta a lutar para manter suas memórias e a localização de Jamie isoladas e protegidas da criatura invasora, que está se esforçando bastante para acessá-las e extinguir, por fim, aos remanescentes da resistência humana que ainda resta.
Contudo, Melanie revida ocupando e distraindo a mente de sua invasora com visões do homem que ama: Jared, que continua a viver escondido. Incapaz de se separar dos desejos de seu corpo. Peregrina começa a se sentir intensamente atraída por alguém a quem foi submetida por uma espécie de exposição forçada.
Dos muitos assuntos abordados nesta obra, o que mais se destacou – em minha opinião, foi à forma como Meyer tentou passar a lição de que nós, da raça humana estaríamos bem próximos de destruir nossa casa – nosso planeta com tanta maldade, violência, poluição e corrupção e isso abriu a brecha que precisava para que uma espécie incomum, mas pacifica e honesta tomasse o seu lugar com o intuito de fazer melhorias e salvar o planeta.
No começo do Romance, os leitores podem tratar as “almas” como as vilãs, invasores que estão extinguindo a raça humana do planeta sem demonstrar piedade. Contudo, quando você se aprofunda na trama, e passa a enxergar por um todo, você se pega desejando que as “almas” se encaixem no âmbito terráqueo junto aos seres humanos. É impressionante como a visão do ser humano é capaz de transmudar quando passa a enxergar um quadro de uma forma geral.
Você é a criatura mais nobre e pura que já conheci. O universo será um lugar mais negro sem você.
A hospedeira correspondeu às expectativas de sua fama: combinando ficção cientifica e romance de uma forma que nunca deu tão perfeitamente certo.
Eu confesso que literalmente engoli este livro na época em que li e me lembro bem de como me sentia instigada a prosseguir a cada página virada. Stephanie Meyer tem o poder de causar isso nas pessoas com as suas tramas fabulosas e inovadoras.
Com cenas inesquecíveis e perturbadoras; trama bem amarrada; narrativa extremamente estimulante e fascinante. Linguagem leve, fluida e muito bem elaborada; leitura arrebatadora.
É um dos livros que eu considero inesquecíveis para mim, pois, vai além da literatura, trazendo também uma mensagem de alerta, para fazermos uma auto avaliação no nosso “eu”, visando agregar melhorias não só para si, mas para toda a comunidade, e é motivador a força de vontade que os personagens carregam consigo.
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