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Conheça a estrutura de 200 toneladas que protege o material radioativo de Chernobyl

Conheça a estrutura de 200 toneladas que protege o material radioativo de Chernobyl

A construção da mega estrutura para proteger o núcleo do reator que explodiu em 1986, na central de Chernobyl, terminou recentemente. Para conter mais de 200 toneladas de material altamente radioativo, a estrutura, feita de aço, demorou, ao todo, nove anos para ser construída. Com 257 metros de extensão, 108 metros de altura e um peso total de mais de 36 mil toneladas. A estrutura é considerada o maior complexo móvel já construído.

Designado como o Novo Confinamento Seguro, o complexo custou 1,5 milhões de euros. Além do projeto de construção de abrigos que totalizou mais 2,2 mil milhões de euros investidos. Já para a Reconstrução e Desenvolvimento, o Banco Europeu disponibilizou um fundo gerado com contribuições de 45 países pertencentes à União Europeia. Bem como mais 715 milhões vindos de recursos financeiros próprios.

O projeto iniciou-se em 1998. No entanto, o contrato para a estrutura foi celebrado apenas em 2007.

O legado de Chernobyl

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A explosão do reator nuclear de Chernobyl, que ocorreu na Ucrânia há mais de 30 anos, ficou marcada como o pior acidente nuclear da história. O número real de mortos pode chegar a dezenas de milhares ao longo dos anos, em consequência da contaminação radioativa. Após o acidente, o combustível nuclear queimou por dez dias, lançando para a atmosfera elementos radioativos que contaminaram, de acordo com estudos científicos, até três quartos da Europa, em especial a Rússia, a Ucrânia e a Bielorrússia, nações então pertencentes à União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) na ocasião.

Contaminação

Ainda hoje, muita gente está exposta aos perigos da radiação, mesmo a centenas de quilômetros de Chernobil. De acordo com dados oficiais, cinco milhões de pessoas residem em regiões contaminadas na Ucrânia, na Rússia e na Bielorrúsia – os países mais afetados pelo desastre de 1986. Mesmo apesar do risco, os moradores se alimentam de plantas e animais que crescem nesses locais.

A situação, no entanto, é ainda mais crítica na chamada “zona de exclusão”, que fica a um raio de 30 quilômetros da antiga Usina Nuclear de Chernobyl. O cenário engloba ruas desertas, construções destruídas e abandonadas. Algumas centenas de ex-moradores, a maioria idosos, ainda vivem na zona de exclusão. Apesar de ilegal, a presença desses indivíduos é tolerada.

Minissérie

Exibida entre maio e junho de 2019, a minissérie da HBO retrata com muitos detalhes os momentos após o acidente de 26 de abril de 1986. A trama resgata tensões políticas e atos heróicos que impediram uma catástrofe ainda mais devastadora. Por outro lado, acidentes posteriores, como o de Fukushima, em 2011, mostram que o uso da energia nuclear ainda representa uma grande ameaça à vida no planeta.

Como funcionava a usina de Chernobyl

O princípio básico de funcionamento da usina era similar ao das demais usinas nucleares. O reator, local onde são armazenados os combustíveis fósseis, faz com que a energia emitida pela fissão de elementos instáveis, como urânio ou plutônio, quando liberada, tenha força suficiente para movimentar um conjunto de turbinas conectadas a um gerador. Os geradores, por sua vez, são como grandes ímãs e ficam envolvidos em uma enorme quantidade de bobinas condutoras. A produção de energia elétrica acontece de acordo com o fenômeno chamado de indução eletromagnética: enquanto o gerador estiver em rotação, haverá geração de corrente elétrica.

Escrito por Juan Macial

Fundador do Diário Jovem e da Pardal Criativo.
Atuou como editor e designer em diversos projetos como Noiando, Ipaumirim.com, Rede Balada, IP Animes e PlayZone.
Formado em Analise e Desenvolvimento de Sistemas pela Estácio e Marketing pela Cesumar.